Como mencionamos anteriormente, os Membros da Assembleia Legislativa das Ilhas Falkland têm um programa de difusão de contatos com outros países na América do Sul, incluindo o Brasil, para contar a história de seus moradores e aproveitar oportunidades para mais relações comerciais e pessoais. Como parte dessa estratégia, vários brasileiros visitaram as Ihas no ano passado. Uma série de documentários sobre a vida local resultou de uma dessas visitas.
A partir deste fim de semana, um grupo de eminentes acadêmicos brasileiros interessados na história e na política das Ilhas Falkland passarão uma semana lá. Eu conheci dois deles nesta semana.
A professora Leila Bijos, da Universidade Católica de Brasília (UCB), disse que está ansiosa para vivenciar a vida cotidiana dos moradores das Ilhas. Ela espera investigar como é viver em ilhas tão remotas e verificar a extensão de quaisquer sentimentos de insegurança entre as pessoas. A professora Bijos sugere que o campo do Direito Internacional Público deveria incluir o estudo das Ilhas Falkland e seus sistemas social, político e econômico.
O professor Eduardo Viola, da Universidade de Brasília (UnB) possui interesse nas Ilhas Falklands desde quando frequentava a escola primária na Argentina e está ansioso para aprender mais sobre os estágios iniciais do povoamento das Ilhas nos séculos XIX e XX, bem como as experiências dos moradores locais no conflito de 1982. Como um ambientalista, o professor Viola buscará analisar a relação entre meio ambiente e sociedade e os possíveis efeitos da mudança climática no local.
O programa da visita vai incluir inúmeras oportunidades para conversas com os locais, incluindo jovens, e passeios pelas Ilhas. Iniciativas como essa tem o poder de aproximar diferentes regiões ao promover entendimentos mútuos e links pessoais. Eu não posso dizer que não estou com inveja deles, mas eu espero que eles aproveitem a estadia naquele paraíso natural e não se sintam desencorajados por uma temperatura média de 03°C.