“A comunicação atual inclui a liberdade de expressar opiniões no ambiente de informação da internet, assim como a liberdade de descobri-las. Ou seja, a liberdade de falar e de escutar. Além disso, esse ambiente online dá uma nova perspectiva ao que anteriormente era denominado de “boca a boca”. Atualmente, pode ser que nos sintamos tentados a usar a expressão “tecla a tecla”. Podemos escolher entre diversas fontes de opinião e contamos com ferramentas de colaboração que nos permitem acumular experiências e opiniões anônimas na internet.” Vint Cerf, Prólogo de A Revolução Horizontal
Há algumas semanas, estive com alguns colegas em Quito, Equador, para a Conferência Digital das Américas. Lá, nos encontramos com outros colegas dos diferentes postos das Américas para conversar sobre comunicação digital e como melhorá-la e torná-la cada vez mais eficiente. É interessante ver como todas essas pessoas de nacionalidades e experiências diferentes se misturam e se unem para atingir, com algumas poucas diferenças, os mesmos objetivos. Relendo minhas anotações, vejo que escrevi sentenças que começavam em inglês, mudavam para o português e tinham algumas expressões em espanhol também. Eu sei que parece confuso, mas é também uma forma clara de representar o que significa trabalhar nesse ambiente digital.
A humanidade se comunica desde que pisou esse mundo, não importa como ou quando. A diferença é como essa comunicação acontece. De acordo com Alberto Arebalos, que compartilhou sua incrível experiência conosco, a forma como as pessoas lidam com a informação está mudando e evoluindo.
Hoje em dia, comunicar-se vai muito além de apenas enviar e receber uma mensagem. A comunicação, atualmente, envolve uma conversa. É uma troca dinâmica de idéias, opiniões e visões de mundo. Em uma linguagem mais acadêmica, é uma constante troca de ontologias e epistemologias.
A informação está em todas as partes e o número de estratégias que lidam com ela acompanha esse crescimento. O desafio está em digerir todas essas informações e estratégias e aplicá-las ao dia a dia. E, como afirma corretamente Arebalos, uma vez que se entra em uma conversa, deve-se continuar falando.