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As várias faces da diplomacia atual

Hillary Clinton, madrinha da diplomacia digital e meme mundialmente famoso.

Diplomacia pública, diplomacia digital, e-diplomacia, diplomacia 2.0. Será que a diplomacia mudou tanto nos últimos anos que se dividiu em diferentes frentes?

Em um dos primeiros posts deste blog, Chris afirmou que nossa área de trabalho é falar com estranhos. Queremos “explicar nossas ideias mais amplamente e também precisamos ouvir de forma ampla o que as pessoas pensam sobre elas”. Em outras palavras, precisamos nos engajar com pessoas de além do governo, além das reuniões a portas fechadas, além das reuniões entre dois homens de terno. Precisamos atingir nosso público-alvo da forma mais direta possível e, para isso, precisamos de uma diplomacia pública e digital efetiva.

Como você pode ver na minha biografia à direita na sua tela, como conseqüência do meu trabalho, tenho grande interesse em ambos . Isso trouxe algumas vantagens interessantes à minha vida.

“Então, o que você faz? Com o que você trabalha?”

Essa é uma conversa pela qual todo mundo já passou em diversos momentos de suas vidas. Dependendo do que você faz, você fica mais entusiasmado ou mais nervoso ao responder a pergunta. Eu normalmente tenho tendência a ganhar olhares confusos depois da minha resposta. Isso porque estudei Relações Internacionais e trabalho em uma Embaixada, logo as pessoas supõem que trabalho com a “diplomacia tradicional” por assim dizer. Então, eu as surpreendo:

“Eu trabalho na equipe de Comunicação e Diplomacia Pública, mais especificamente com diplomacia pública e digital.”

E é nesse momento que obtenho as expressões perplexas.

“Hum… ok. Mas… o que é isso exatamente?”

A meu ver, diplomacia pública e digital são apenas maneiras diferentes – estratégias, se preferir – de se alcançar os mesmos resultados buscados pela assim chamada “diplomacia tradicional”. A Estratégia Digital do FCO foi feita com base nas principais áreas do trabalho diplomático, avaliando “como ferramentas digitais já melhoraram os resultados na área de política externa e o potencial para levar isso mais além”. Em suma, não se trata de substituir técnicas diplomáticas, mas ampliar seu uso.

Como disse o Ministro das Relações Exteriores do Reino Unido certa vez:

“Há atualmente um emaranhado de conexões entre indivíduos, a sociedade civil, empresas, grupos de pressão e entidades filantrópicas que também são parte das relações entre nações e que estão sendo rapidamente aceleradas pela internet”

Diplomacia é o ramo da influência. Se agora temos diversas ferramentas que podem nos aproximar do nosso público-alvo, por que não tirar vantagem disso? Da forma como eu vejo, a diplomacia não se dividiu em diferentes partes; ela multiplicou seus canais.

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