22nd September 2014 Brazil

Crise na Ucrânia: As novas sanções da União Europeia contra a Rússia

European Union Flags at the Berlaymont

Nos últimos nove meses, a Europa foi atingida pela crise na Ucrânia. Durante anos, a Europa e a Federação Russa têm desfrutado do contínuo aumento da cooperação econômica e política. Contudo, em março de 2014, a Rússia ilegalmente anexou a Crimeia ao seu território, violando a soberania da Ucrânia e aumentando a tensão na região. Tal episódio representa uma perda de 4,5% do território ucraniano – o que seria equivalente ao Brasil perder os estados do Goiás e Espírito Santo.

Esse não é um retorno às divisões ideológicas da Guerra Fria. No entanto, o fluxo evidente das tropas, tanques e armas russas para o leste da Ucrânia demonstra mais uma violação do direito internacional e alimenta conflitos e instabilidade. O Ministro da Defesa ucraniano estima que 3.500 soldados russos permanecem no leste da Ucrânia. A situação mostra-se insustentável e, infelizmente, a comunidade internacional ainda não chegou a um consenso em como solucioná-la, mas a Rússia está ficando cada vez mais isolada. Em março deste ano, a Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU – que reconhecia a integridade territorial da Ucrânia – dias antes de lançar um referendo ilegal na Criméia. Em seguida, na Assembléia Geral da ONU, 100 Estados membros votaram a favor de uma resolução não vinculante, reafirmando a integridade territorial ucraniana e confirmando a ilegitimidade do referendo na Criméia.

A União Europeia tem trabalhado em conjunto para encontrar uma solução que garanta a estabilidade e prosperidade da Ucrânia. A adoção de sanções específicas seria um meio eficaz e imediato para impedir novas incursões da Rússia na Ucrânia oriental – o que pode levar a uma melhora, piora ou a uma inversão em resposta à mudança das circunstâncias. Uma nova rodada sobre o assunto foi realizada recentemente; nosso Ministro para Assuntos Europeus nos explica o porquê neste artigo. Sanções não são a única resposta à crise: a negociação e o cessar-fogo são passos importantes, porém são apenas preliminares. O sinal mais claro de um compromisso com a paz e o respeito pela soberania ucraniana seria a retirada das tropas russas e o término do armamento de separatistas e do fornecimento de armas para o leste ucraniano.

About Kate Thornley

Kate Thornley joined the Foreign and Commonwealth Office in 2011. She is currently on her first overseas posting to Brasilia. She has previously worked on African issues and in the…

Kate Thornley joined the Foreign and Commonwealth Office in 2011. She is currently on her first overseas posting to Brasilia. She has previously worked on African issues and in the Private Office of the Permanent Under-Secretary. Kate studied Languages and Cultures at Durham University and has previously worked as a translator and a teacher.