Estupro e violência sexual têm feito parte da realidade de guerras desde que se tem lembrança. Esses atos ocorrem tanto como consequência de conflitos, como também são utilizados eles próprios como armas, e são os civis (de todos os gêneros e idades) que mais sofrem. Não acreditamos que isso seja inevitável. Está na hora de agir para acabar com essa situação. Já postamos anteriormente sobre nossa campanha para abordar essa cultura de impunidade e substituí-la por uma de responsabilidade pelas ações. E não iremos parar de falar sobre isso.
No Brasil, vamos promover nesta segunda-feira, 09/06, um evento juntamente com a Universidade de Brasília e a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres sobre violência sexual. O Brasil tem lidado domesticamente com esse problema, com programas de sensibilização e com a Lei Maria da Penha. Internacionalmente, o país traz a experiência de ter tratado de assuntos de violência sexual durante 10 anos de trabalho de manutenção da paz através da missão MINUSTAH, no Haiti. O país já tem compartilhado suas experiências por meio do treinamento de diversas nações no Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil in Rio (CCOPAD) e de forma direta, com forças policiais na Guineia-Bissau. Na ONU, o Brasil apoiou a declaração da Assembleia Geral em 2013 contra o uso de violência sexual em conflitos. É por essas razões que queremos trabalhar com o Brasil neste assunto. O Brasil tem uma vasta experiência, com a qual o mundo pode aprender muito.
Também nesta semana, levaremos nossa campanha #TimeToAct ainda mais longe. A Cúpula Global para o Fim da Violência Sexual em Conflitos, em Londres, terá Angelina Jolie e William Hague como anfitriões, nos dias de 10 a 13 de junho de 2014. A Cúpula será o maior evento internacional já organizado a tratar do assunto de violência sexual em conflitos. Queremos que essa Cúpula seja o momento em que o mundo acorde e afirme que violência sexual não é uma parte inevitável da guerra. Esperamos que a Cúpula proporcione um conjunto de acordos práticos que unifiquem e concentrem os esforços de países atualmente em conflito e dos que já foram afetados, de doadores, da ONU e de outras organizações multilaterais, de ONGs e da sociedade civil em um programa para mudanças que seja ambicioso e coeso. Ambicioso? Sim! Para haver mudança, é preciso ambição. Você pode acompanhar a Cúpula através deste link, a partir do dia 10 de junho.
O que você pode fazer? Faça sua voz ser ouvida. Demonstre seu apoio à campanha através de tweets com a nossa hashtag, posts em blogs, “curtidas”. Faça parte da voz mundial afirmando que está na hora de agir contra a violência sexual em conflitos. It’s #TimeToAct.