10th September 2014 Brazil
Dia Diplomático do Clima
Setembro está se transformando em um mês movimentado no calendário internacional de mudança climática este ano. No dia 23, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, irá reunir líderes mundiais em Nova York em uma cúpula climática para mostrar a ação sobre as mudanças climáticas em todo o mundo e demonstrar o compromisso internacional para um acordo climático global em 2015. Na próxima semana, a Comissão Mundial vai lançar seu relatório New Climate Economy (em português: Nova Economia do Clima), que dará uma visão atualizada sobre os benefícios econômicos de uma ação antecipada sobre as alterações climáticas. E hoje, as Embaixadas Britânicas e os Alto Comissariados de todo o mundo estão celebrando o dia diplomático do Clima, em conjunto com representações alemãs e francesas, destacando a importância das nossas parcerias internacionais, demonstrando projetos exitosos e enfatizando a necessidade de contínua ação climática.
Essas atividades estão acontecendo porque os efeitos das mudanças climáticas são reais, importantes e urgentes. Afetam todos nós de forma direta e tangível. Estão intimamente associados a outros desafios do século XXI, como água, alimentos e recursos energéticos, além de outros relacionados a conflitos, saúde e desenvolvimento. Desta forma, exige a intervenção de todos os setores – governos, empresas, sociedade civil – e em todas as partes do globo.
O crescimento da população – particularmente as populações urbanas – e o consumo irão agravar a pressão sobre os recursos do nosso mundo. Sem uma transformação adequada, tais fatores irão comprometer nossas chances de manter o aumento da temperatura global abaixo de 2°C sobre os níveis de 1990 e evitar alterações climáticas perigosas. O desenvolvimento sustentável e urbanização climática inteligente são, portanto, cruciais para evitar os custos substanciais e os impactos do clima no futuro.
Contudo, o desenvolvimento verde nas cidades também pode gerar oportunidades de negócios significativos e estimular a inovação tecnológica. No Brasil, muito está sendo feito para preparar as cidades para os impactos das mudanças climáticas e cultivar um futuro de baixo carbono. Por exemplo, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro criou o Plano Rio Resiliente, uma série de ações preventivas para ajudar a minimizar os impactos das chuvas e, consequentemente, deslizamentos de terra na cidade. Em outros lugares da América Latina, a ferramenta anglo-germânica NAMA Facility (National Appropriate Mitigation Action) está apoiando o desenvolvimento de projetos de mitigação climática para facilitar a transição para o baixo carbono, a habitação com eficiência energética, transportes e sistemas agrícolas.
Ao enfrentarmos esse imenso desafio, é fundamental a criação de uma ação coordenada. É por isso que a Rede Diplomática britânica ao redor do mundo está celebrando hoje o que já está sendo feito em parceria com os países em desenvolvimento. O governo britânico também integra as considerações de ordem climática nas nossas políticas externa e de desenvolvimento, além de explicar porque a ação climática em andamento e um acordo global em Paris no próximo ano são tão vitais.