24th October 2013 Brasilia, Brazil
Conselho de Segurança da ONU diz: maior participação às mulheres!
Mulheres são 50% da população, 50% dos beneficiários de políticas públicas, e 90% das vítimas civis de conflitos armados são mulheres e crianças; por que não torná-las 50% dos processos decisórios e de operações de manutenção de paz? A lógica é simples, o desafio é grande.
No Reino Unido, mulheres são 51% da população, mas apenas 22% dos parlamentares, 23% dos juízes e 31% dos vereadores. No Brasil, mulheres também são 51% da população, mas apenas 12% no Congresso and 33% dos Ministros.
Primeiro, falemos dos números.
1325 foi a resolução adotada em 2000 pelo Conselho de Segurança da ONU (UNSC). Ela dá maior foco ao papel das mulheres em processos de construção e manutenção da paz, e resolução de conflitos. 2122 foi a resolução adotada por unanimidade em 2013 para reforçar os princípios da UNSCR 1325, e tornar os países-membros e a própria ONU responsáveis por assugurar a participação das mulheres e dar atenção específica à liderança feminina. Seis é o número total de resoluções adotadas pelo UNSC no tema de Mulheres, Paz e Segurança – quatro são específicos para violência sexual durante conflitos (já fizemos um post sobre isso e haverá mais no futuro, então não vou entregar o ouro agora), e dois oferecem uma visão mais ampla da agenda, particularmente sobre participação das mulheres. Quinze é o número de operações de manutenção da paz da ONU em andamento, das quais cinco são lideradas por mulheres.
Agora, falemos das ações.
Participação e liderança das mulheres são prioridade na agenda de Direitos Humanos do Reino Unido. Isso envolve várias áreas do governo e a Sociedade Civil tem um papel importante. Nós trabalhamos duro para garantir que uma perspectiva de mulheres e de gênero seja incorporada em todas nossas ações de manutenção da paz, assim como em todos os treinamentos que provemos ao nosso pessoal. O Reino Unido tem vários projetos e fundos para a promoção da participação das mulheres, especialmente nas nossas três regiões prioritárias: Afeganistão, República Democrática do Congo e Nepal. O Reino Unido é relator no UNSC para temas de Mulheres, Paz e Segurança e é um dos membros fundadores da UNSCR 1325. Este ano, também apoiou as resoluções 2106 e 2122, ambas co-patrocinadas por mais de 40 estados-membros cada.
Em junho, Menna Rawlings, nossa Diretora de Recursos Humanos, deu uma entrevista ao The Guardian que ressalta nosso progresso. Temos um longo caminho pela frente e sabemos que não será fácil. Ainda assim, estamos comprometidos em fazer da participação e liderança das mulheres um ponto central de nossas políticas. O FCO começou a trilhar este caminho com uma abordagem de “fazer o dever de casa”: atualmente, mulheres compõem 40% do nosso conselho governante e temos 39 mulheres liderando postos pelo mundo – em locais estratégicos, como Genebra, África do Sul e a delegação do Reino Unido na OTAN. Nós levamos muito a sério a Convenção da ONU para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra Mulheres (CEDAW, ratificada pelo Reino Unido em 1986), assim como seu Protocolo Opcional (ratificado em 2005).
Este é um assunto tanto delicado quanto empolgante para mim, e poderia falar sobre isto para sempre, mas não vou prender vocês aqui muito mais. Entretanto, eu prometo que igualdade de gênero e direitos das mulheres vão surgir ainda mais no Speakers Corner, então, por favor, voltem!
Olá;
Como mulher e cidadã em uma democracia eu tenho o direito de me casar e conviver maritalmente com meu marido.
Estou casada há 13 anos, meu marido é Britânico e nos casamos no Reino Unido. Após morarmos 3 anos lá nos mudamos para o Brasil.
Em Fevereiro de 2013 meu marido voltou para Inglaterra onde está trabalhando.
O meu direito de estar com o meu marido foi anulado pois negaram o meu visto.
O Home Office tem o direito de separar casais e famílias sem se importar com o direito que um ser humano tem de viver com seu cônjuge.
Por favor peço que meus direitos sejam considerados.
Desde já agradeço.